quinta-feira, 30 de agosto de 2012

Avesso do avesso


Três anos em São Paulo.

A cada ano que passa sinto vontade de prestar uma nova homenagem a Sampa - para que fique registrado esse amor platônico, muitas vezes incompreendido e passageiro (tenho consciência disso).

Odeio o trânsito dessa cidade, detesto precisar de 1 hora para chegar ao trabalho quando normalmente apenas 25 minutos seriam necessários. E as filas! Nada me tira mais do sério. Pior que isso talvez sejam os preços absurdos e a escravidão que o dinheiro nos impõe.

Odeio tudo isso, mas amo essa cidade. Quando tento defender, sempre perco em argumentos. Paixão é mesmo irracional.

Um tio me explicou uma vez, quando eu tentava decifrar o que é tão bom aqui, que “há mais possibilidades no caos”.  Pode ser.

A astróloga que fez meu mapa astral também me deu uma dica: escorpinianos preferem o submundo. Lidamos melhor com ambientes inóspitos. Ah... Deve ser por isso que não me seduziram a perfeição e organização europeia...

Mas, afinal, o que eu amo? Coisas pequenas, mas muitas (não necessariamente nessa ordem):

1.       Amo o inverno seco e nem tão frio, amo o verão não muito quente (ok, lá na minha área não tem enchente, reconheço)
2.       Amo a feijoada de quartas e sábados
3.       Amo a vida do bairro: com feirinhas, praça, padarias
4.       AMO as padarias e as coxinhas!
5.       Amo ter amigos paulistas, gaúchos, baianos, alemães, ingleses... todos na mesma cidade
6.       Amo as experiências profissionais que essa cidade me proporciona. Aqui não é preciso ter um mega emprego para fazer coisas bacanas
7.       Amo estar pertinho do Rio de Janeiro e poder pegar voos por 80 reais para Salvador!
8.       Amo acordar sábado de manhã e ir com o Rafa fazer yoga “de grátis” no parque perto de casa (sem filas!)
9.       Amo estar num local de passagem para muitos amigos de diversos lugares. São Paulo é um lugar de reencontros
10.   Amo descobrir cantinhos novos e coisas diferentes
11.   Amo a minha casa.  Para onde quer que eu vá daqui para frente ela será sempre “a nossa primeira casa”

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